segunda-feira, 19 de julho de 2010

Ao meu pai

No latifúndio de uma lágrima

Eu escrevo de você
Um sonho
Uma curva
Um rio
Foi passando em caracol
A quimera se enchendo de água doce com sal
Ah meu aconchego
Como era bom.
Foi-se o vento das coisas eternas
Meu parceiro de outrora
Foi-se o pensar
Não consigo dormir
Deixa o bonde do Tristão passar no tempo, meu pai
Quero andar no estribo
Quero  vento na testa
Quero pescar peixe grande
Quero sonhar no barranco do rio
Sua prosa era boa
Hoje minh’alma tece apertado 
Um nó de amargar.
 30 de março de 2003

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