No latifúndio de uma lágrima
30 de março de 2003
Eu escrevo de você
Um sonho
Uma curva
Um rio
Foi passando em caracol
A quimera se enchendo de água doce com sal
Ah meu aconchego
Como era bom.
Foi-se o vento das coisas eternas
Foi-se o pensar
Não consigo dormir
Deixa o bonde do Tristão passar no tempo, meu pai
Quero andar no estribo
Quero vento na testa
Quero pescar peixe grande
Quero sonhar no barranco do rio
Sua prosa era boa
Hoje minh’alma tece apertado
Um nó de amargar.
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