quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Meninas Minas

(ZZFred)
Minas de meninas minas
Vontade das Minas
Manas minas
Que destino floresceu seus passos?
O que de ti sai é, ou vira ouro
tornastes vulgar
explorar-te uma sina
a sina das minas
minas de letras
valores do polido ouro político
tudo sai de suas minas, velhas meninas
minas espirituais
minas musicais
arrancam de ti, árvore de minas
como quem colhe flores d'ouro
do corpo inerte do velho  Midas
vocação de prostituta  feliz
tua sina assim diz
Queijo vejo
beijo  o velho queijo

Fred, inverno de 2000

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Prestadora que não presta

Minha prestadora não presta. Enlouqueceu-me.
Por uns momentos, é certo, mas cheguei aos limites dos meus piores instintos. Coisa simples se é que se pode falar assim. A conta não chegou e me ligaram lá de Fortaleza dizendo que se não pagasse a conta vencida teria os serviços cortados. Ora, meu Deus, que país novo rico é esse? Não te comunicam uma dívida e ainda fazem ameaças? Depois desses contratos por adesão que são uma versão calhorda dos antigos contratos caracu onde o contratante entrava com a cara e o consumidor com o resto, a impressão que fica é a de que vivemos a ditadura das prestadoras imprestáveis.  A elas todos os poderes e a nós, cabe obedecer.  Se não, adeus comunicação.
Muito bem, fui, no sacrifício, ligar pros caras depois de aumentar a dose do remedinho.
Fiquei calminho, calminho, e comecei a via sacra de um longo papo com aquela voz cibernética até chegar a ser acolhido por um humano automatizado. Precisava da segunda via da conta para fazer o pagamento.  Seria fácil se não fosse complicado. Combinamos de eles remeterem a dita cuja por e-mail. Informei dois endereços para não ter perigo de não receber. 
Chegou e fui imprimir.
Os déspotas incompetentes colocam o código de barra no final da página.  Aí, a primeira metade das barrinhas fica numa página e a outra metade na outra.
Se a minha impressora e eu somos jurássicos,  o problema é meu. 
Lamentável e literalmente.
Respirei fundo e mandei o e-mail pra loja do meu filho para que fizesse a impressão numa máquina mais moderna.
Trânsito dos infernos em época próxima ao natal. Parei em fila dupla, escutei xingamentos e buzinei até que a obra chegasse às minhas mãos, carregada apressadamente por um gentil funcionário de lá.
Ficou que nem a original. Um pouco menor, mas ficou.
Até a logomarca saiu colorida.  Uma beleza!
Aí fui pro caixa eletrônico liquidar, finalmente, a maldita conta. Não, sem antes passar pelas dificuldades do tráfego.
Pelo adiantado da idade, aproveitei o caixa dos pés na cova.  
Três senhoras muito bem humoradas estavam à minha frente fazendo piadinhas sobre o fato das poucas vantagens que se tem na terceira idade.  Aquela fila pequena seria uma delas. Esqueceram que a facilidade seria real se não perdessem tanto tempo filosofando, procurando cartão na bolsa, tentando lembrar a senha e, depois, morrendo de rir quando digitavam errado até que uma funcionária fosse até lá para completar o serviço.
Uma hora depois da conferência ideológica  e da tortura digital que se seguiu, chegou a minha vez.
Coloquei o cartão no buraquinho, selecionei a opção certa e direcionei o código de barras no local devido e...nada. Insisti algumas vezes até que apareceu a opção de digitar os números já que a leitora analfabeta, não conseguia ler a tal cópia.
Apareceu, então, um jovem atencioso dizendo que era comum acontecer quando o documento não fosse original. Naquela hora o melhor foi assumir a senilidade, aceitando que o prestativo rapaz fizesse a digitação.
Pois não, senhor, apresentou-se o solícito indivíduo.
Ao ver os microscópicos números que saíram na cópia, coçou a cabeça levando o papel à altura do seu nariz. 
Tentou, tentou e desistiu.
Quer meus óculos?! Perguntei de forma meio sacana.
Agradeci e saí procurando uma lotérica para tentar o pagamento e ver se a sorte mudava.
Pagar aquele troço já seria um grande prêmio.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Frases e filosofadas


"A maldade tem muitas máscaras, mas nenhuma tão perigosa quanto a máscara da virtude" (autor desconhecido)
Fred, fevereiro de 2011


Muita coisa é mas nem tudo é e, essas que parecem ser, às vezes também não são. 
(versão sheakspeareana meio capenga em 2009 de ZZFred)