terça-feira, 29 de março de 2011

Minha frase de hoje

"O pouco que faço é o muito que posso"
ZZFred  29/03/2011

segunda-feira, 28 de março de 2011

Pedro Miséria o Herói das Ruas


(Fragmento do livro Álcool Ajuda ou Autoajuda - Fred Explica - 1999)
Nota: Os textos postados neste blog não obedecem a nenhuma ordem cronológica.
(...)



"Imaginava o sofrimento e as lágrimas que escorreram naquela face que de tão deformada e tortuosa, haveriam de contornar rugas e cicatrizes de forma a encharcar as barbas e nunca caírem no chão..."



Pedro Miséria, uma figura incomum, contou-me sua história, extraordinária e romanesca.
Era mendigo por opção e poucos sabiam da sua verdade. Eu me incluía no pequeno rol dos seus confidentes.
Dizia ele, com uma narrativa que fazia notar uma cultura enriquecida pelas nuanças dos detalhes, que fora bem situado na vida.
Foi empregado de um grande grupo financeiro com a função de transportar valores pelo país.
Antes do infortúnio que o destino lhe reservou era muito bem casado – mulher bonita e filhos bonitos.
Constituiu uma família na classe média e se estabilizou emocional e financeiramente.
Pai de três filhos ainda crianças, não fugia das obrigações do lar, ao contrário, toda sua luta profissional era motivada pelo paraíso conquistado.
Numa das viagens aéreas do seu trabalho, o pequeno avião que sobrevoava a floresta amazônica sofreu uma pane, caindo sobre a região.
Por milagre, conseguiu sobreviver dos destroços e do incêndio que se seguiu a queda que vitimou os demais tripulantes.
Estava com ferimentos generalizados.
O lado direito do rosto com um corte profundo e várias seqüelas espalhadas pelo corpo.
Foi recolhido por indígenas e suas feridas tratadas com os recursos da mata.
Sofreu amnésia por um longo período.
Suas lembranças lentamente começaram a mostrar alguns lampejos como uma casa, um pequeno jardim, uma praça com uns coqueiros enfileirados e um palácio.
Não conseguia construir uma frase.
As coisas que apareciam em seus sonhos não tinham nome – somente figuras.
Seu cérebro, estancado, o atormentava com uma angústia que vinha não sabia de onde, insistindo em lhe mostrar que seu meio era outro, até pela diferença física em relação aos indígenas que o socorreram.
Para se fazer entendido, comunicava-se por gestos e sons guturais.
Era o foco dos cuidados.
Batia-lhe, sempre, a necessidade de voltar.
Mas voltar para onde?
Vou resumir, para não roubar de todo sua história.
Depois de quatro anos recuperou a memória e retornou a Belo Horizonte com a intenção de retomar o convívio com os familiares.
Muito tempo houvera passado.
Tomou a decisão de não se revelar sem, antes, ver como estava a situação.
Guardava distância com a convicção de que deveriam, com toda certeza, acreditá-lo morto pelo acidente.
Sua vida desabou no instante da constatação.
A esposa casara-se novamente.
Um bom homem entrara em sua vida dando-lhe, além de uma condição tranqüila, muito carinho tanto para ela quanto para os meninos já, então, rapazes.
Pedro olhou-se no espelho.
O sofrimento havia-lhe roubado as expressões de felicidade.
O trauma físico e os acontecimentos subseqüentes o transformaram numa triste figura.
Não era justo aparecer do passado e jogar sobre as costas das pessoas que amava todo o seu sofrimento.
Tomou a decisão do anonimato.
Ficaria pelo resto de seus dias nas ruas da cidade usando a inteligência que possuía como meio de sobreviver na mendicância.
Começou a falar errado de propósito, andar maltrapilho e usar o poder do convencimento para conseguir os meios de sustentação. Assim, poderia, com freqüência, acompanhar o progresso dos seus entes queridos, fazendo dele suas conquistas.
Certa vez tentei saber dos detalhes que confirmariam a fantástica história, mas, bastava qualquer investida com este objetivo, para o personagem se afastar praguejando.
Inviolável segredo.
Uma confidência que deveria ser guardada somente até o ponto revelado.
Não aceitava conselhos e, ai de quem insistisse – Pedro se afastaria para sempre.
Aconteceu um diálogo entre ele e meu pai que ilustra a história:
- Quem está à porta?
- É o Pedro Miséria, meu pai.
- O que ele quer?
- Um trocado – deve ser pra tomar pinga! (nessa época eu não conhecia sua história)
- Manda ele esperar que já vou.
Chegando, disse com seu jeito de bom samaritano:
- Pedro, você está magro!
- É a vida dotô, tô sem trabaio.
- Pedro, você já ouviu falar de impasse?
- Aquelas coisas de jogadô de futebol, né?
- Não, aquilo é passe, é outra coisa. Vou explicar: você toma pinga porque está desempregado e o pessoal não te arruma emprego porque você bebe - isso é impasse!
- Ah, entendi! Se eu deixar de beber eu arrumo emprego.
- Não é bem assim. Você tem de se preparar um pouco - você chegou a estudar?
- Estudei, dotô, mas acho que esqueci tudo.
- Sabe ler, escrever, fazer contas?
- Sei contá os trocado que arrumo de dia.
- Pedro, qual é a sua idade?
- Tô com cinqüenta e pôcos, dotô.
- É, faz seguinte: toma aqui um trocado e esquece a nossa prosa.
Pedro freqüentemente desaparecia nos seus refúgios de ermitão.
Embrenhava-se pelas matas da Serra do Curral, na direção de Nova Lima e, lá de cima, rodeado de flores silvestres, sentia o aroma da natureza e via o horizonte contrastar com as edificações urbanas e o exuberante verde das montanhas.
Ali o personagem entendia-se com Deus, acalmava seu espírito e voltava em paz.
Dizia, que se assim não procedesse, acabaria para ele o sentido da sua vida miserável.
Verdadeiramente e, ao seu jeito, eu o considerava herói.
Um homem despojado e generoso.
Imaginava o sofrimento e as lágrimas que escorreram naquela face que de tão deformada e tortuosa, haveriam de contornar rugas e cicatrizes de forma a encharcar as barbas e nunca caírem no chão.
Uma barba embevecida de sofrimento.
Esse era Pedro Ignácio Batista e suas iniciais como por ironia, fazia com que a maldade politizada de alguns companheiros mais velhos o chamassem de PIB, com referência clara à semelhança física do personagem com o nosso Produto Interno Bruto.
É, não deixava de ser!


(...)

Fred, 28/03/2011

sábado, 26 de março de 2011

Mente natural, naturalmente.


A minha relação com a natureza é pura paixão.
Vem da longínqua infância o sentimento de posse e ciúmes.
Certamente é daí que saem as implicâncias contra essas ONGs, esse pessoal do asfalto sem o teto do mato e esses artistas do cinema internacional mais interessados nos produtos e na tutela arrogante, que nos aromas da relva do orvalho nas plantas do interior.
Falam comigo o Catulo da Paixão Cearense em sua verve cabocla e um pouco, agora, da infância de Guimarães Rosa brincando, quem sabe, nas grutas misteriosas de Cordisburgo.
Andar descalço pelas correntezas dos córregos rasos, pegar coceira de muriçocas, carrapatos e bichos de pé.
Entardecer e amanhecer no mato vendo, escutando e sentindo a vida dormir e acordar. 
Ouvir o canto dos pássaros sentado na madeira do curral. 
Tem que amar o cheiro do esterco.
Se até os pássaros gostam, tem que gostar, também, de viola caipira.
Estrada de terra, poeira, mata-burros e porteiras.
Correr de marimbondo morrendo de rir.
Andar no meio do capim navalha e chegar arranhado em casa.
Dizer oi pra todo sertanejo que cruzar o seu caminho na vila ou nas trilhas estreitas do matagal.
A natureza não precisa da gente.
Precisa de gente.
(ZZFred, 26/03/2011)


"Quando escrevo, repito o que já vivi antes.
E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente.
Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo
vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser
um crocodilo porque amo os grandes rios,
pois são profundos como a alma de um homem.
Na superfície são muito vivazes e claros,
mas nas profundezas são tranqüilos e escuros
como o sofrimento dos homens."
João Guimarães Rosa

quarta-feira, 23 de março de 2011

Dengue (Aedes aegypti) - Conferindo a calha usando a câmera


Calhas entupidas e lajes sem revestimento de telhas, são outros ambientes para desenvolvimento do Aedes aegypti (aēdēs do grego "odioso" e ægypti do latim "do Egipto"). Divulgando este vídeo, penso ajudar pessoas a acessar visualmente locais muito altos para acompanhar possíveis entupimentos. 

Quando parar de chover vou pintar a casa, FALÔ?!

ZZFred, 23/03/2011

sexta-feira, 18 de março de 2011

Veríssima

"Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa." (Luiz Fernando Veríssimo)
Fred, 19/03/2011

terça-feira, 15 de março de 2011

Reflexão de hoje


"Cuida-te quando fizeres chorar uma mulher, pois Deus conta as suas lágrimas. A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado, para ser igual, debaixo do braço, para ser protegida e do lado do coração, para ser amada." 
Texto retirado do Talmud
Fred, 15/03/2011

quinta-feira, 10 de março de 2011

Reflexão de hoje

“Nosso grande erro é tentar obter de cada um as virtudes que ele não tem e esquecer de cultivar as virtudes que ele tem” Margueritte Yourcenar (1.903 - 1.987), escritora belga que viveu na França e emigrou para os EUA ao começar a 2ª  Guerra Mundial


Fred, 10/03/2011

O Alcoolismo


(Fragmento do livro Álcool Ajuda ou Autoajuda - Fred Explica - 1999)
Nota: Os textos postados neste blog não obedecem a nenhuma ordem cronológica.
(...)


"Os desvios de rota são, em muitas vezes, proporcionados por pessoas queridas. Elas não o fazem por maldade, elas gostam da nossa companhia ..."


Certo dia, numas divagações existenciais, andei pensando que esta vida poderia ser uma espécie de ensaio ou preparação para outra. 

Quem sabe um rascunho? 
Dos sofrimentos que servem de lapidação, o alcoolismo é um fator social da maior importância e, dentre outras dependências químicas, deveria ser observado num padrão menos generalizado, considerando cada ser humano como possuidor de características que o diferem dos demais, não se podendo aplicar em todos os casos a mesma receita. 
Conseguindo-se sucesso ou cura, o maior mérito é do próprio indivíduo. 
Quando conquistamos o que é chamado de paz interior encontramos um mundo novo. 
O conhecimento ou a procura de se melhorar como pessoa é um dos primeiros caminhos a perseguir. 
Os prazeres fáceis que se nos apresenta o cotidiano são as armadilhas de plantão a nos desviar constantemente de objetivos saudáveis. 
A batalha contra o vício é uma luta interessante. 
Os desvios de rota são, em muitas vezes, proporcionados por pessoas queridas. 
Elas não o fazem por maldade, elas gostam da nossa companhia. 
A contribuição dos fatores externos como da medicina e a intervenção dos verdadeiros amigos ajudam muito na recuperação, mas, sem grande determinação e reconhecimento da dependência por parte do paciente, torna-se impotente qualquer investida com a finalidade de demover o doente do hábito. 
Lembro de um botequim que freqüentava. 
Uma noite cheguei um pouco atrasado e o papo já rolava agitado e inspirado por bebidas das mais variadas. O mesmo grupo que ali se reunia falava sobre muitos temas ao mesmo tempo: futebol, política, gostos musicais, intrigas, fofocas, boas piadas e aquelas infames – quanto mais infame melhor. 
O burburinho aumentava de volume. 
Todos queriam ser ouvidos e o proprietário do estabelecimento, como numa guerra, também aumentava o calibre do som ambiente. 
Uma paranóia total. 
Pensei largar da bebida ou, então, nunca mais chegar tarde naquelas reuniões de tanto significado para a nação brasileira e para o futuro dos nossos filhos... 
Estava chegando a turma do pagode e aí... 
Nem me viram chegando e nem me viram sair de fininho. 
Fui pra casa mais cedo e, minha mulher, num misto de alegria e espanto: o que é que houve... já chegou?
Bastou para eu refletir: o etilismo só é  negócio, mesmo, pro botequeiro - um ganho, afinal de contas, muito merecido - deve ser duro agüentar aquilo todo dia. 
E eu, numa pindaíba de fazer gosto, ao invés de procurar o aconchego do lar e restabelecer as forças físicas e mentais para o trabalho do dia seguinte, me metendo em assuntos, até inteligentes, porém inúteis. 
A situação não permitia tal luxo. 
Hoje, onze anos após abandonar o alcoolismo, pensei deixar algo registrado, um pequeno manual para os companheiros que estão estagnados no vício, achando-se incapazes de encontrar uma saída e, quem sabe, a minha experiência poderia inspirá-los ou motivar a empreitada.
(...)
Fred, 10/03/2011

domingo, 6 de março de 2011

Da Juventude Transviada aos Jovens na Ditadura



(Fragmento do livro Álcool Ajuda ou Autoajuda - Fred Explica - 1999)
Nota: Os textos postados neste blog não obedecem a nenhuma ordem cronológica.

(...)
"Ambiente que se prezasse deveria cheirar a Lancaster, o perfume da moda, de custo proibitivo aos menos afortunados..."


anos sessenta...



As roupas, os cabelos, o jeito de ser meio arrogante marcaram uma época de pegas de automóvel, brigas de turmas e loucuras machistas. 

O indivíduo ia se graduando no meio, conforme suas histórias de bravura. 

A cidade se dividia em pequenos guetos. 
Jovens corajosos. As camisas de mangas curtas deveriam tê-las dobradas; braços fortes à vista. 
Ambiente que se prezasse cheirava  Lancaster, o perfume da moda, de custo proibitivo aos menos afortunados. 
Turma da Floresta, do Carlos Prates, da Savassi, da Santa Tereza,

do Santo Antônio, da Barroca, do Barro Preto, a do Centro que era a nossa e assim por diante. Incontáveis grupos que, mesmo nos bairros, ainda se separavam por esquinas. Coabitavam dentro de um bairro e até de uma rua, agrupamentos distintos que conviviam conforme o poder aquisitivo de cada um, níveis mentais,objetivos de vida ou pelo grau de influência obtido na região conseguido por histórias e estórias.

No entanto, um grande conflito, geralmente por pretextos banais, faria unir toda a comunidade próxima contra o ofensor numa luta que só se encerrava com a intervenção da Rádio Patrulha. 

Cabo de aço, soco inglês e canivete automático eram as armas exibidas orgulhosamente pelos guerreiros. 
Todavia, a fanfarronice prevalecia e os fatos eram narrados como epopéia fundada no imaginário de cada um. 
Não me lembro de qualquer ocorrência mais séria. 
Acredito, hoje, que apenas a anarquia interessava. 
Eu e os meninos da rua São Paulo ficávamos admirando as façanhas dos garbosos cavaleiros. 
Vigorava algum receio daqueles malucos, porém, uma sensação de segurança era transmitida nas poucas brincadeiras que nos brindavam de vez em quando. 
- Hoje conversei com fulano, dizíamos, orgulhosamente. 
Eram os modelos da nossa formação machista que mais tarde optaria por outras referências. 
Esse pessoal foi sumindo aos poucos.
Uns se casaram e outros se mudaram enquanto grupos mais jovens assumiam naturalmente o comando de cada região. 
Trazíamos um código de honra em nossa turma adolescente e pós-adolescente. 
Como a geração passada se caracterizou pela ausência de certos de princípios, queríamos ser diferentes. Não que tivéssemos vocação para o puritanismo, longe disso, mas a lealdade era pré-requisito aos integrantes da Turma da Rua São Paulo. 
O aprendizado ensinou como fazer e não fazer determinadas coisas. 
Entretanto, aqueles jovens não sabiam perfeitamente a conseqüência de seus atos. 
Aos domingos, nas matinês do Cine Tupi, desenvolveríamos uma técnica para entrar sem pagar ingresso. 
Ao término das sessões ficávamos conversando, como quem não quer nada, próximo a saída do cinema. 
Era um corredor largo que se entupia de gente indo para fora enquanto nós, de costas, andávamos para o interior do recinto lentamente, passo a passo. 
Funcionou até um dia dar errado. 
Depois de descobertos, a direção providenciou um funcionário para tomar conta. 
Pelo menos a traquinagem teve algo de bom - criou emprego para alguém.

(...)
Fred, 06/03/2011

sábado, 5 de março de 2011

Reflexão de hoje


“Os sábios acabam por concluir que a maior conquista do conhecimento é poder enxergar a medida da própria ignorância. Por isso, a humildade é conseqüência da sabedoria”- ZZFred 17 de abril de 1.999
Fred 05/03/2011

quarta-feira, 2 de março de 2011

Frase do dia


Foto em: tailinehijaz.wordpress.com
"Outrora se amilhavam asnos, porcos e galinhas. Hoje em dia há galinheiros, pocilgas e estrebarias oficiais, onde se amilham escritores." 
(Rui Barbosa em O dever da Verdade, 23)


Fred, 02/03/2011

Trasteficação

Nasceu do ócio, saiu do nada
Casas que o tempo marcou
Veio da alma entediada
Palavra fácil enrolada em manto
Trabalhar rimas e trovas
Fazer sorrir ou desabar num canto
Prefiro a poesia da alma, não das palavras

A poesia das palavras enfeita copos vazios
A poesia da alma acalma mundo
Voz ensimesmada de perene busca
Brincadeira de expressões

Inquietações do espírito
O óbvio é arrogante 
A mente obviamente mente 
Daqui sinto o sol espreguiçando  
Escuto crianças emburradas subindo a rua 
O colégio fica lá no alto, coitadas
Esqueceram os sonhos nos travesseiros
Quando voltam, correndo do calor, 
despencam ladeira abaixo
Nesse tempo o tempo não passa
E a vida não é pequena 
Estou trasteficado 
Trastefiquei
Canto desencantos e um dia mentirei
Porque as verdades das mentiras prevalecem
No ouvido das crianças de qualquer idade
Adeus teimosia, adeus anti-fascismo 
Essas coisas envelhecem a gente

Fred, verão de 2011

terça-feira, 1 de março de 2011

Quem atrapalha quem...


Foto em: balaiodajuju.blogspot.com
 “Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:


Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".


No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:

- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?
- Ainda bem que esse infeliz morreu !

Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.

A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?

No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando você muda".

(texto atribuído a Luiz Fernando Veríssimo)
Fred, 01/03/2011