Nasceu do ócio, saiu do nada
Veio da alma entediada
Palavra fácil enrolada em manto
Trabalhar rimas e trovas
Fazer sorrir ou desabar num canto
Prefiro a poesia da alma, não das palavras
A poesia das palavras enfeita copos vazios
A poesia da alma acalma mundo
Voz ensimesmada de perene busca
Brincadeira de expressões
Inquietações do espírito
Casas que o tempo marcou |
Palavra fácil enrolada em manto
Trabalhar rimas e trovas
Fazer sorrir ou desabar num canto
Prefiro a poesia da alma, não das palavras
A poesia das palavras enfeita copos vazios
A poesia da alma acalma mundo
Voz ensimesmada de perene busca
Brincadeira de expressões
Inquietações do espírito
O óbvio é arrogante
A mente obviamente mente
Daqui sinto o sol espreguiçando
Escuto crianças emburradas subindo a rua
O colégio fica lá no alto, coitadas
Esqueceram os sonhos nos travesseiros
Quando voltam, correndo do calor,
despencam ladeira abaixo
Nesse tempo o tempo não passa
E a vida não é pequena
Estou trasteficado
Trastefiquei
Canto desencantos e um dia mentirei
Porque as verdades das mentiras prevalecem
No ouvido das crianças de qualquer idade
Adeus teimosia, adeus anti-fascismo
Essas coisas envelhecem a gente
Fred, verão de 2011
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