quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Medo



Tempestade em alto mar.
Estamos no fim do caminho.
O mar sacode o mundo
As últimas estrelas  balançam
Gritos do pessoal do convés.
Grandes olhos passam por aqui a todo momento,
Contagiando ainda mais a expectativa do caos.

Um  homem assentado
Abraçado às pernas encolhidas sobre a cadeira,
Olhos esbugalhados como louco
Pavor  por todo lado
Eis o quadro da iminente catástrofe
Eis o momento trágico da verdade enjaulada


Aí o mar se acalmou
O ridículo avermelhou as faces
Das mulheres descompostas
E dos homens sem respostas


Fred, outubro de 1997

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