A parasita pode ser bela enquanto existir esperança. (Foto de Ivany Cimaglia, tão rara quanto as orquídeas) |
Tomar posse do que não é seu, é a definição.
Umas questões, às vezes, são imperceptíveis.
Debitam-se-lhes a falta de tempo para pensar naquilo que se faz por hábito, sem se preocupar com quem e, o que, vem depois.
Quando o indivíduo fura a fila ele está roubando o direito de quem chegou primeiro.
Numa vaga, estacionando seu carro em lugar que caberia dois veículos só para ficar mais fácil a saída, ele está invadindo espaço ou melhor, roubando.
Ele buzina à frente de uma casa para alertar sua chegada.
Nisso, os vizinhos saem à porta ou vão até a janela para conferir se é algum conhecido ou familiar "dizendo" que chegou.
O pior é quando, além de perturbar a tranqüilidade dos outros ao buzinar, ainda sai do carro e vai até a entrada, anunciando sua presença aos berros, acionando a campainha, o interfone e, até, o celular.
Esses roubam o sossego dos outros.
Um funcionário público usando o telefone da repartição para futilidades está subtraindo recursos que, lá na outra ponta, dariam para comprar medicamentos para a população necessitada. Esse é pior. Ele mata. Sem saber, mas, mata!
Imaginem um cidadão carente que faz controle de pressão alta ou diabetes tendo de voltar para casa sem o remédio indispensável à sua sobrevivência.
Ele vai morrer na fila ou no caminho de volta.
Por essas e outras, rouba a minha paciência o mandatário que se locupleta do erário público. Esse, coitado, na outra vida vai se haver com uma multidão de seres magoados que haverão de esperá-lo para mostrar o resultado do egoísmo que é a manifestação que mais aproxima o indivíduo dos animais. Arriscaria dizer que podemos medir o grau de evolução espiritual de uma pessoa observando isso.
Quanto menos egoísta, mais evoluído.
Criaturas muito ligadas aos instintos de sobrevivência e preservação da espécie agem assim. Imaginam que as suas prioridades estão à frente dos demais.
Acham-se melhores e que os seus assuntos devem prevalecer.
Esses pobres de espírito são como parasitas num jardim de belas flores ou num canteiro de hortaliças.
Se não forem extirpadas prevalecerão e acabarão com a beleza e o pior, com o alimento.
Eles estão por aí em todo setor de atividade, no que é chamado, também, de "meus interesses". (ZZFred)
"O egoísmo, esta chaga da Humanidade, deve desaparecer da Terra, cujo progresso moral retarda; ao Espiritismo está reservada a tarefa de fazê-la subir na hierarquia dos mundos. O egoísmo é, pois, o objetivo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir suas armas, suas forças e sua coragem; digo coragem porque é preciso mais coragem para vencer a si mesmo do que para vencer os outros. Que cada um, pois, coloque todos os seus cuidados para combatê-lo em si, porque esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho, é a fonte de todas as misérias deste mundo. É negação da caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens.
Jesus vos deu o exemplo de caridade e, Pôncio Pilatos, o do egoísmo; porque enquanto o Justo vai percorrer as santas estações do seu martírio, Pilatos lava as mãos dizendo: Que me importa! Ele disse aos judeus: Este homem é justo, por que quereis crucificá-lo?e, entretanto, deixa que o conduzam ao suplício.
É a esse antagonismo da caridade e do egoísmo, à invasão dessa lepra do coração humano, que o Cristianismo deve não ter cumprido ainda toda a sua missão. É a vós, apóstolos novos da fé e que os Espíritos Superiores esclarecem, a quem incumbe a tarefa e o dever de extirpar esse mal, para dar ao Cristianismo toda a sua força e limpar o caminhos das sarças que lhe entravam a marcha. Extirpai o egoísmo da Terra, para que ela possa gravitar na escala dos mundos, porque já é tempo de a Humanidade vestir o seu traje viril e, para isso, é preciso primeiro extirpá-lo do vosso coração. (Evangelho Segundo o Espiritismo.Cap.XI-11)"
Fred, 22 de fevereiro de 2011
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