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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Os malefícios das tralhas



Texto de Carlos Solano que, mesmo surrado pela internet, é bom guardar.


Foto em: anaharmonize.blogspot.com

-"Bom dia, como tá a alegria"? Diz dona Francisca, minha faxineira rezadeira, que acaba de chegar.
-"Antes de dar uma benzida na casa, deixa eu te dar um abraço que preste!" e ela me apertou.
Na matemática de dona Francisca, "quatro abraços por dia dão para sobreviver; oito ajudam a nos manter vivos; 12 fazem a vida prosperar".
Falando nisso, "vida nenhuma prospera se estiver pesada e intoxicada".
Já ouviu falar em toxinas da casa?
Pois são:
- objetos que você não usa, 
- roupas que você não gosta ou não usa a um ano,
- coisas feias,
- coisas quebradas, lascadas ou rachadas
- velhas cartas, bilhetes,
- plantas mortas ou doentes,
- recibos/jornais/revistas, antigos,
- remédios vencidos,
- meias velhas, furadas,
- sapatos estragados...
Ufa, que peso!
"O que está fora está dentro e isso afeta a saúde", aprendi com dona Francisca.
- "Saúde é o que interessa. O resto não tem pressa"!, ela diz, enquanto me ajuda a 'destralhar', ou liberar as tralhas da casa...
O 'destralhamento' é a forma mais rápida de transformar a vida e ajuda as outras eventuais terapias.
Com o destralhamento:
- A saúde melhora;
- A criatividade cresce;
- Os relacionamentos se aprimoram...
É  comum se sentir:
- cansado,
- deprimido,
- desanimado,
em um ambiente cheio de entulho, pois "existem fios invisíveis que nos ligam à tudo aquilo que possuímos".
Outros possíveis efeitos do "acúmulo e da bagunça":
- sentir-se desorganizado;
- fracassado;
- limitado;
- aumento de peso;
- apegado ao passado...
No porão e no sótão, as tralhas viram sobrecarga;
Na entrada, restringem o fluxo da vida;
Empilhadas no chão, nos puxam para baixo;
Acima de nós, são dores de cabeça;
“Sob a cama, poluem o sono”.
-"Oito horas, para trabalhar;
Oito horas, para descansar; 
Oito horas, para se cuidar."
Perguntinhas úteis na hora de destralhar-se:
- Por que estou guardando isso?
- Será que tem a ver comigo hoje ?
- O que vou sentir ao liberar isto?  
...e vá fazendo pilhas separadas...
- Para doar!
- Para jogar fora!
Para destralhar mais: 
- livre-se de barulhos,
- das luzes fortes,
- das cores berrantes,
- dos odores químicos,
- dos revestimentos sintéticos...
e também...
- libere mágoas,
- pare de fumar,
- diminua o uso da carne,
- termine projetos inacabados.
"Se deixas sair o que está em ti, o que deixas sair te salvará..
Se não deixas sair o que está em ti, o que não deixas sair te destruirá",


Arremata o mestre Jesus, no evangelho de Tomé.

"Acumular nos dá a sensação de permanência, apesar de a vida ser impermanente", diz a sabedoria oriental.

O Ocidente resiste a essa idéia e, assim, perde contato com o sagrado instante presente.
Dona Francisca me conta que:
"as frutas nascem azedas e no pé, vão ficando docinhas com o tempo"..
a gente deveria de ser assim, ela diz


-"Destralhar ajuda a adocicar."

Se os sábios concordam, quem sou eu para discordar?!


Fred, 25/04/2012


sábado, 31 de março de 2012

“Nosso Lar” é sustentável?



Foto em estranhoescontro.blogspot.com

"André Trigueiro é jornalista com Pós-graduação em Gestão Ambiental pela COPPE/UFRJ onde hoje leciona a disciplina “Geopolítica Ambiental”, professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC/RJ, autor do livro “Mundo Sustentável - "Abrindo Espaço na Mídia para um Planeta em transformação", coordenador editorial e um dos autores do livro "Meio Ambiente no século XXI", e “Espiritismo e Ecologia”, lançado na Bienal Internacional do Livro, no Rio, pela Editora FEB, 2009. É apresentador do Jornal das Dez e editor-chefe do programa Cidades e Soluções, da Globo News. É também comentarista da Rádio CBN e colaborador voluntário da Rádio Rio de Janeiro."

http://www.mundosustentavel.com.br/andre-trigueiro/



"

“Nosso Lar” é sustentável?


O filme mais caro da história do cinema nacional consumiu boa parte dos 20 milhões de reais de seu orçamento em efeitos especiais que se prestam à impressionante visualização da cidade espiritual descrita pelo Espírito André Luiz através da psicografia de Francisco Cândido Xavier.
“Nosso Lar” impressiona pelo bom gosto na justa distribuição dos espaços de área construída intercaladas por gramados e lagos. As áreas verdes e a presença da água marcam o projeto urbanístico da cidade, onde os pedestres circulam livremente sem disputar espaços com qualquer gênero de transporte individual. O transporte público de massa é o aérobus, muito parecido com o nosso metrô de superfície, só que sem trilhos. O magnetismo que impulsiona o veiculo é o mesmo que por aqui já empurra trens-bala de alta velocidade.
Os prédios públicos são imponentes e com design arrojado. Privilegiam a iluminação natural com imensas janelas ou áreas vazadas. Para as demais edificações o gabarito é invariavelmente baixo, harmonizando-se as áreas povoadas sem aglomerações indevidas.
Predominam por toda a cidade as cores claras com tons vitalizantes, cromoterápicos. Vista de cima, “Nosso Lar” lembra um pouco o plano-piloto de Brasília sem asfalto ou automóveis.
Em resumo: para espíritas ou não espíritas, o filme exibe conceitos de urbanismo modernos e sofisticados que poderiam inspirar nossos gestores.

"

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Existe vida após o nascimento?


Foto em: carloslopesshalom.wordpress.com
No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês. O primeiro pergunta ao outro:
- Você acredita na vida após o nascimento?

- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída – o cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando,ou sente como ela afaga nosso mundo. Saiba, eu penso que só então a vida real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela…
autor desconhecido
Obs: texto copiado do Blog http://esteemeujeito.blogspot.com/  da genial Déa Januzzi. 
Fred, 08/12/2011

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Histórias do Cárcere


(Fragmento do livro Álcool Ajuda ou Autoajuda - Fred Explica - 1999)
Nota: Os textos postados neste blog não obedecem a nenhuma ordem cronológica.
(...)
foto em carol-lejosdelmundanalruido.blogspot.com
Numa oportunidade, Robério e um tal de Tocão,  promoveram um quadro que mais parecia uma dissimulação burlesca.
Tomaram posse de uma maca, daquelas de rodinhas.
Robério deitou-se simulando uma crise de cólica generalizada e Tocão, o terapeuta da galera pelo seu bom humor, ia dirigindo o comboio em velocidade através dos corredores, promovendo a maior algazarra.
Um gritava de dor e o outro pedia socorro afirmando desesperadamente que o amigo estava morrendo.
Era engraçadíssima na sátira a oportunidade de ver enfermeiros em crise de risos incontidos, tentando impedir a confusão.
Os internos do andar inferior, como já disse, eram pessoas muito carentes.
Tinham nos olhos uma expressão vazia ou cheia de tristeza e desespero.
Procurávamos, sempre que possível, tratá-los de maneira paternalista e freqüentemente, eram envolvidos nas brincadeiras.
O pátio era um ambiente bem trabalhado.
Tanto os canteiros de flores como as árvores mostravam o talento do jardineiro encarregado. Seria muito bom para os pássaros, mas raramente os víamos por ali. Acredito que a sensibilidade das aves detecta vibrações pesadas .
Cantina, tênis de mesa, jogos de dama e um telefone público, tipo orelhão, que era o único contato possível com o mundo que ficara lá fora e proporcionava um ambiente no qual assistíamos dramas e comédias.
Um paciente gostava de simular o aparelho como um microfone, deitando cantoria de gosto questionável, mas muito divertida.
A fila de espera ficava impaciente.
Uns se revoltavam aos gritos e outros disparavam risadas barulhentas até que um funcionário intervisse e normalizasse a situação.
Um jovem, com seus dezoito anos, se tanto, vestido conforme a moda, mostrava-se temeroso pela atmosfera totalmente fora dos seus padrões.
Colocava várias fichas e, chorando, lamentava convulsivamente: mãe, me tira daqui!
Essa situação, em princípio, machucava nossa alma.
Tocão, elemento de muita presença de espírito, aguardava o término da ligação, tomava o aparelho e ficava imitando seus prantos.
O drama, logo teve fim, com o adolescente acabando por entender que era melhor aceitar os fatos com humor - o remédio mais adequado - ou, a única alternativa possível.
Em todo o período da internação eu raramente utilizava o telefone, pois acreditava que iria incomodar meus familiares que preparavam o casamento da minha filha do meio.
Aquilo torturava.
Era melhor esperar e não somar preocupações ou ansiedades próprias das ocasiões pré-matrimoniais.
Na realidade eu estava alimentando culpas gigantescas.
Não sabia quando iria ter alta e, o evento, cada dia mais próximo.
De acordo com informações, quando saísse teria tempo e condições para me recuperar e entrar na igreja da forma como a solenidade exige.
(...)
Fred, 27/05/2011