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quarta-feira, 28 de março de 2012

Manhã de Carnaval



Manhã de Carnaval (Luiz Bonfá e Antônio Maria)

Luiz Bonfá ( *1922 +2001)
BIOGRAFIA
Nasceu no Rio de Janeiro, no dia 17 de outubro de 1922. Apesar de um pouco ofuscado pelas presenças de Tom Jobim e João Gilberto, Luiz Bonfá também estava presente no nascimento da bossa nova. Pelo menos duas de suas canções, "Manhã de Carnaval" e "Samba de Orfeu", deram a volta ao mundo três anos antes que as canções de Jobim revolucionasse o mundo do jazz.
Bonfá aprendeu a tocar violão aos onze anos e estudou guitarra clássica com o mestre uruguaio Isaías Sávio. Ele começou a trabalhar nos clubes do Rio como cantor do grupo Quitandinha Serenaders e em 1946 já aparecia nos programas da Radio Nacional.
Em 1957, Bonfá começava a dividir seu tempo entre New York e Rio, excursionando pelos Estados Unidos com a cantora Mary Martin e compondo e gravando trilhas para filmes brasileiros.
O momento decisivo de sua carreira aconteceu em 1959 quando o diretor francês Marcel Camus o convidou para contribuir com algumas canções para o filme "Orfeu Negro". "Manhã de Carnaval" se tornou um sucesso como canção popular e também no jazz.
Do período que vai do final da década de 50 até os anos 60, Bonfá gravou diversos álbuns para o mercado americano através das gravadoras EMI Odeon (Capitol), Dot, Atlantic, Cook, Philips, Epic e Verve. Bonfá apareceu de forma destacada junto com suas canções no álbum "Jazz Samba Encore" com Jobim e Stan Getz.
A presença de Bonfá nos Estados Unidos praticamente desapareceu depois dos anos 60, apesar dele continuar excursionando e compondo e participando de mais de 50 álbuns. Bonfá retornou 15 anos depois, em 1989 com "Non-Stop to Brazil" para a gravadora Chesky.
Em 1991 gravou para a Milestone "The Bonfa Magic" e em 1993 "Moods" para o selo GSP. No final dos anos 90 desenvolveu uma parceria criativa com a emergente cantora brasileira Ithamara Koorax, gravando o álbum "Almost Love".
O compositor e violonista Luiz Bonfá morreu na madrugada do dia 12 de janeiro de 2001, no Rio de Janeiro, aos 78 anos. Bonfá, um dos precursores da bossa nova, estava internado em uma clínica na Barra da Tijuca e foi enterrado no mesmo dia , às 16h30, no Cemitério Jardim da Saudade.
Fonte: http://www.clubedejazz.com.br/jazzb/jazzista_exibir.php?jazzista_id=208

Antonio Maria (*1921 +1964)
BIOGRAFIA:
Antônio Maria Araújo de Morais nasceu no Recife, em 17 de março de 1921, filho de Inocêncio Ferreira de Morais e Diva Araújo de Morais. Junto com os irmãos Rodolfo, Maria das Dores, Consuelo, e inúmeros primos, teve uma infância feliz, conforme se depreende de suas crônicas sobre os bons momentos desfrutados, nessa época, em sua terra natal. Nelas nos conta sobre a mãe carinhosa, os tempos de colégio, as aulas de música, as lições de francês, os mergulhos no rio e os "banhos salgados", as férias na usina Cachoeira Lisa, deixada por seu avô materno, Rodolfo Araújo.
Seu primeiro emprego, aos 17 anos, foi o de apresentador de programas musicais na Rádio Clube Pernambuco. Vencido o primeiro degrau, no ano de 1940, mês de março, vem para o Rio a bordo do Ita "Almirante Jaceguai", "com quatro roupas novas e cinco contos no bolso", para ser locutor esportivo na Rádio Ipanema. A cidade tinha 1.764.411 habitantes. Quase todos cantavam que o passarinho do relógio está maluco, achavam que a Elvira Pagã era uma uva e fingiam não ver , no prédio moderninho do Ministério da Educação e Cultura (MEC) que Carlos Drummond de Andrade e Sérgio Buarque de Holanda (pai do Chico) bancavam os antigos e se estapeavam, óculos quebrados, por causa de um xodó comum. Foi direto do Ita para o apartamento 1.005 do edifício Souza, na Cinelândia, onde passou a morar ao lado de Fernando Lobo e Abelardo Barbosa, o futuro rei dos auditórios Chacrinha, também pernambucanos. Também viviam por lá Dorival Caymmi e o pintor Augusto Rodrigues.
Ficou pouco tempo por aqui — 10 meses — sem ser notado. Passou fome, foi humilhado e preso.
Retornou ao Recife e se casou, em maio de 1944, com Maria Gonçalves Ferreira. Logo muda-se para Fortaleza, tendo ido trabalhar na Rádio Clube do Ceará. Depois de um ano vai para a Bahia como diretor das Emissoras Associadas, tendo ali conhecido e feito amizade com Di Cavalcanti, Dorival Caymmi e Jorge Amado. Chegou a ser candidato a vereador naquela cidade.
Volta ao Rio de Janeiro, em 1947, já com dois filhos, Rita e Antônio Maria Filho, como diretor artístico da Rádio Tupi. Convocado por Assis Chateaubriand foi o primeiro diretor de produção da TV Tupi, inaugurada em 20 de janeiro de 1951, tendo trabalhado também como cronista de O Jornal
Continua em: http://www.letras.com.br/biografia/antonio-maria

ZZFred (28/03/2012)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Assis Valente e sua forte história.



 100 anos de Assis Valente
Caricatura emassisvalente.blogspot.com 
















Boas Festas [Anoiteceu o Sino Gemeu]

 (Assis Valente) - ZZFred






Comentários postados no YouTube sobre o vídeo acima:

Iximaria! Foi "de conforça" mesmo!!! Respingou até aqui em terras tieteenses. KKKKKK. Será que eu mereço? Acho que eu mereço sim! *-* Então, obrigada Fred! (Só vc mesmo pra me fazer escutar...)rsrsrsrs
Axé!

Assis Valente

José de Assis Valente
 19/3/1911 Bahia
 10/3/1958 Rio de Janeiro, RJ

Nasceu, segundo seu relato, em plena areia quente, no Caminho de Bom Jardim a Patioba, na Bahia, durante uma viagem de sua mãe. Teve uma infância conturbada, tendo sido roubado dos pais - José de Assis Valente e Maria Esteves Valente - e entregue depois a uma familia para ser criado. Trabalhava até ficar exausto durante a semana e, aos sábados, ia à tarde fazer feira com sua patroa. Vagou com um circo pelo interior, no qual, entre outras coisas, cantava: "Vejam só \ Vejam só \ A roupa que há cem anos, já usava minha avó \ Veio a vez \ veio a vez \ De cada roupa dessas se fazer duas e três". Em Salvador, trabalhou como farmacêutico, fez cursos de desenho no Liceu de Artes e Ofícios e profissionalizou-se como especialista em prótese dentária. Transferiu-se para o Rio de Janeiro, em 1927 e empregou-se como protético. Após muita luta, conseguiu publicar alguns desenhos no Shimmy, Fon-Fon, etc.

No início dos anos 1930, começou a compor sambas. Em 1932, conheceu Heitor dos Prazeres, que muito o incentivou. Em princípios de 1941, casou-se com Nadili, com quem teve sua única filha, Nara Nadili nascida em 1942. Pouco depois o casal se separou. A 13 de maio de 1941, no apogeu de sua carreira de compositor, o Rio de Janeiro foi sacudido com a notícia de que ele se tinha atirado do Corcovado e, milagrosamente preso a um galho de árvore, fora libertado por uma equipe do Corpo de Bombeiros. Mas, embora salvo, moralmente prosseguiu em sua queda do abismo. Nunca mais foi o mesmo. Seu nome foi, aos poucos, sendo esquecido e, a partir de então, só esporadicamente voltava ao cartaz. Anos depois da primeira tentativa, quando Elvira Pagã, com escândalo, cobrou-lhe uma dívida de Cr$ 4.000,00 (quatro mil cruzeiros), tentou novamente o suicídio, dessa vez com lâmina de barbear. Passou então a viver de seu laboratório de prótese dentária e esporadicamente de sua música. Mas, para pagar o laboratório, era geralmente obrigado a contrair novas dívidas. Ao contrário do que muitos pensavam, continuava a compor. Freqüentemente mostrava aos íntimos uma composição nova, de rara beleza. Compunha quase uma música por dia. Não conseguia, entretanto, gravá-las. No máximo, quando as dívidas apertavam, vendia um samba que depois, assinado por outros, fazia sucesso. A 10 de março de 1958, desesperado com sua situação financeira, resolveu suicidar-se. Deixou a casa em que morava, na Rua Santo Amaro, 112, seguiu para o seu consultório na Cinelândia, onde permaneceu até cerca das l3h30 min. Às 15 h foi à Sbacem, sociedade arrecadadora de direitos autorais à qual estava filiado, para se informar de seus rendimentos. Estava tão nervoso que o tesoureiro da Sbacem, Joubert de Carvalho, deu-lhe um sedativo. Ás 16h30 min telefonou para seu laboratório dando instruções a seus empregados do que deveria ser feito após sua morte. Às 17h30 min telefonava para seu editor, Vicente Vitale, e para o embaixador Pascoal Carlos Magno comunicando-lhes que iria se matar. Vitale ainda tentou ligar para a Polícia: era tarde. Exatamente às 17h55 min, portanto, oito dias antes de seu 47º aniversário, em um banco da Praia do Russel, junto de um play-ground onde brincavam crianças, tomou formicida com guaraná. Vestia calça azul-marinho e blusão amarelo. Em seus bolsos foram encontrados um par de óculos, uma carteira de identidade com o retrato rasgado, uma carta para a polícia e duas notas velhas de cinco cruzeiros. Na carta, entre outras coisas, esclarecia que morria por sua vontade, estando seriamente endividado, e fazia um apelo ao público para que comprasse seu novo disco "Lamento". Pedia ainda a Ary Barroso que pagasse o aluguel atrasado de duas residências. E acrescentava: "Vou parar de escrever, pois estou chorando de saudade de todos, e de tudo".

ZZFred, 21 de novembro de 2011